Dilma na missa: petista disse ser devota de Nossa Senhora Aparecida, embora ontem tenha sido a primeira vez que visitou o santuário |
Numa entrevista recheada de termos religiosos, Dilma disse que é devota de Nossa Senhora, embora tenha reconhecido que estava pela 1.ª vez no santuário. Deu a entender ainda que o câncer que enfrentou no ano passado a reaproximou de Deus. “Queria estar aqui em Aparecida por causa de um problema recente de minha vida, que prefiro não comentar”, disse Dilma. Perguntada se tinha sido o câncer, afirmou que “preferia não falar sobre isso”. “É uma questão pessoal, privada.”
Marcos Brandão/ObritoNews
Ampliar imagem Serra, em Goiânia, reclamou de ataques de Dilma, mas não poupou o presidente Lula de críticas, a quem acusou de tumultuar a eleição
Ontem, Dilma também rebateu as insinuações de que não é cristã e que teria virado “religiosa” apenas para agradar ao eleitor. “Ninguém tem o direito de dizer qual é a minha crença. Ninguém tem direito de fazer isso. Quem pode julgar sobre crença religiosa é Deus”, disse ela.
A petista voltou ainda a acusar a mulher de seu concorrente, José Serra (PSDB), Monica Serra, e o vice dele, Indio da Costa (DEM), de estarem por trás de ataques “sujos” contra ela. E voltou a falar com jargão religioso ao se referir aos adversários. “Nunca se conseguirá afastar os pecadores – no caso, os que pecam contra a ética.”
Serra reclama de acusações da concorrente contra sua mulher
Goiânia - O candidato a presidente José Serra (PSDB) reclamou ontem, em Goiânia (GO), das acusações contra a esposa do tucano feitas pela sua adversária, Dilma Rousseff (PT). No debate da Band TV, no domingo à noite, Dilma que a mulher de Serra, Monica, estaria espalhando o boato de que a petista é a favor “da morte de criancinhas” – numa alusão à suposta posição da candidata a favor do aborto. As acusações de Dilma foram refeitas ontem, em Aparecida (veja reportagem ao lado).
Serra não respondeu a Dilma no debate. Mas, ontem, afirmou que os ataques à sua família haviam voltado e que isso não era bom para o processo eleitoral. Durante a passagem por Goiânia, Serra subiu em um carro de som para discursar à poplação local e teve o apoio de um padre, que pedia votos para o tucano. Hoje, quem vai estar em Aparecida (SP), para as comemorações do Dia da Padroeira do Brasil, é Serra.
Irritação
Em Goiânia, Serra ainda mostrou-se irritado com as críticas, feitas por Dilma no debate de domingo, ao Plano Real e ao governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Ele considerou as críticas da petista “uma ingratidão”. “Quando vou para o governo não fico xingando, não sou ingrato como esse governo foi com o FHC”, afirmou durante entrevista coletiva.
O candidato tucano também não perdeu a oportunidade de atacar o presidente Lula, principal cabo eleitoral de Dilma. Disse, entre outras coisas, que a ausência de isenção de Lula, como presidente, tumultua o processo eleitoral. “O presidente da República tem que saber como se comportar numa eleição”, disse José Serra.
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