Páginas

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Dilma seguirá Osmar no interior do Paraná

A campanha da ex-ministra Dilma Rousseff (PT) à presidência da República no Paraná vai seguir “colada” à campanha do senador Osmar Dias (PDT) ao governo do Estado.


André Vargas: trabalho conjunto.
Esta é a estratégia esboçada até agora para o Estado, afirmou o deputado federal André Vargas, secretário de Comunicação do Diretório Nacional do PT. Acompanhada do presidente Lula (PT), a ministra chega hoje a Curitiba para o seu primeiro comício na cidade, marcado para amanhã, nesta campanha eleitoral.

No Paraná, o principal adversário de Dilma, José Serra (PSDB) tem 46% das intenções de votos, o maior índice do tucano entre todos os estados brasileiros, conforme pesquisa de intenções de votos feita pelo instituto Vox Populi, publicada por O Estado no domingo passado.

Para superar esta desvantagem, a candidata irá reforçar a agenda no Paraná, onde sua campanha não tem uma coordenação geral. O comando da campanha de Osmar e de Dilma é o mesmo, disse Vargas. “Não há como dissociar uma candidatura da outra. É uma eleição polarizada e os territórios estão demarcados”, observou.

Vargas afirmou que o ponto fraco de Dilma no Estado está na região Norte, que foi também o calcanhar de Aquiles do presidente Lula em suas duas últimas campanhas presidenciais.

Na região, estão as grandes cooperativas que reúnem os grandes produtores rurais e que, na campanha eleitoral anterior, trabalharam contra a candidatura de Lula, lembrou o secretário nacional de Comunicação. “A força das cooperativas já foi mobilizada contra nós em 2006. Nada mudou”, comparou.

Em setembro, a candidata deve cumprir um roteiro pelas principais cidades da região Norte, informou Vargas. “Nós esperamos que o senador Osmar Dias nos ajude com este setor”, disse o petista, esperando que as conexões de Osmar com o setor cooperativista possam ajudar a diminuir a resistência à Dilma, que também irá a Cascavel.

Vargas comentou que o comando da campanha não espera facilidades para melhorar o desempenho de Dilma no Paraná. “Foi assim quando o Lula enfrentou o Alckmin. Apesar de todo o crescimento do Lula, o Alckmin ficou 0,2% na frente”, comparou.

No primeiro turno, Alckmin fez 53,01% dos votos contra 37,09% de Lula. No segundo turno, Lula cresceu, mesmo assim o presidente ainda ficou oitenta mil votos atrás do tucano. “E olha que o Lula era candidato à reeleição. Então, não tem novidade”, disse.

Termômetro

A agenda de Dilma será também orientada pelos resultados da propaganda eleitoral gratuita, que começa em agosto. “Quando a campanha vai para a televisão é que começa o clima de eleição. Por enquanto, as campanhas ainda não tomaram corpo. A TV tem um papel fundamental na campanha presidencial, que é de massa”, afirmou o secretário nacional de Comunicação

Nenhum comentário:

Postar um comentário