Padarias têm colocação para cinco mil padeiros. |
“Se tivéssemos mais 5 mil pessoas formadas só no Paraná, elas já estariam trabalhando”, afirma o presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria no Estado do Paraná (Sipcep), Vilson Borgmann. Segundo ele, a crise de mão de obra no setor é muito grande. “Temos cursos, mas as vagas não são preenchidas”, lamenta. Ele acredita que o estilo de trabalho, tido como mais braçal, está afugentando os profissionais. Mas lembra que nem tudo é repetição. “O trabalho não é só fazer pão”, diz.
Borgmann não consegue explicar porque vem acontecendo esse declínio de interesse. Até mesmo a jornada de trabalho -que antigamente envolvia turnos que começavam às madrugadas - já é bem parecida com outros ramos do comércio. “Na maioria das padarias não se trabalha mais à noite. Os pães são preparados de dia e conservados para o dia seguinte”, explica. Os salários também costumam ser compatíveis com o comércio, em geral: variam de R$ 900 a R$ 1 mil, na maioria das lojas.
De acordo com Borgmann, a solução que a maioria dos estabelecimentos tem encontrado para contornar o problema é promover à função os funcionários que já trabalham no local. “As pessoas começam na área geral, passam para auxiliares de produção e depois se tornam padeiros. Aprendem tudo lá mesmo”, observa. Como resultado, a grande maioria dos profissionais - 90%, segundo Borgmann - não tem curso nenhum.
Ensino
No Paraná, o Senai estimou como meta, para este ano, abrir pelo menos 614 vagas para cursos de panificação, que envolvem desde a formação de auxiliar de serviços de panificação e aprendizagem em panificação, até cursos de confeiteiro e de padeiro. No primeiro semestre, mais da metade das vagas previstas foram preenchidas. Os cursos são realizados de acordo com a demanda das empresas de cada região, podendo ser ofertados para a comunidade em geral, ou formatados para atender necessidades específicas de determinada empresa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário