Dep. Federal - Prof. Wilson Picler |
Picler explica que o aumento foi fruto de compra de ações, em 2008, do Centro Integrado de Educação, Ciência e Tecnologia (Cenect), mantenedora do Grupo Uninter de educação. Ele ficou como sócio único da empresa e, até entrada de novo sócio, diz ter feito redistribuição dos lucros. “Foi feita redistribuição de lucro e a empresa está me devendo esse valor”, explica o deputado.
No entanto, a média de crescimento de 150% em um período em que o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro não passou de 50% desde 2006 e os investimentos de renda fixa mais rentáveis ficaram na casa dos 10% anuais mostra que a classe política é, do ponto de vista econômico, uma casta diferenciada da maioria da população.
“Alguém que viva única e exclusivamente da política e apresenta variação acima da média das aplicações financeiras é uma coisa que foge ao comum. Ninguém enriquece da noite para o dia”, diz José Guilherme Vieira, professor de economia financeira da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Herança
Dep. Estadul Fábio Camargo |
Já outros 17 deputados que concorrem a novos mandatos no Legislativo tiveram variação negativa de patrimônio. O deputado federal Odílio Balbinotti (PMDB) teve queda patrimonial de 87% em quatro anos. A assessoria de imprensa do candidato explica que ele transferiu bens, na maioria fazendas, para os dois filhos e a esposa, em uma espécie de pagamento de herança ainda em vida.
A segunda maior queda patrimonial desde 2006, de acordo com os dados divulgados pelo TSE, foi a do primeiro-secretário da Assembleia do Paraná, deputado Alexandre Curi (PMDB). O patrimônio dele, em quatro anos, caiu 67%, passando de R$ 4,9 milhões em 2006 para R$ 1,6 milhão em 2010.
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